Escrever a primeira matéria que irá ser publicada em um jornal, mesmo que de poucos leitores, é uma experiência a ser lembrada. Fiquei na Editoria Geral do jornal de Laboratório do Jornalismo. A primeira idéia que tive de matéria foi sobre a saúde pública da capital. Naquele período, estavam ocorrendo constantes problemas com a superlotação, principalmente do Hospital Conceição. Esperava escrever sobre este assunto e entrevistar alguém do Conceição.
Passaram-se algumas semanas e surgiu um assunto de peso em Gravataí: uma denúncia de irregularidades na Casa Abrigo. A casa é destinada a crianças e adolescentes órfãos, usuários de drogas e vítimas de violência doméstica. Acontece que o abrigo além de não ter estrutura, materiais de higiene e funcionários qualificados, passou a sofrer denúncias de abusos sexuais. Os abusos aconteciam por parte dos abrigados mais velhos contra os menores.
Tudo isso veio à tona com a fuga de alguns jovens que não suportaram mais viver naquela situação. A recém empossada, a conselheira tutelar Jaqueline Langer, entrou no caso e decidiu levar isso ao público. A RBS TV abordou o assunto por um semana no Jornal do Almoço e a história se tornou conhecida por todos.
Fui ao Conselho Tutelar de Gravataí e marquei uma entrevista com Jaqueline Langer, que acabou acontecendo no mesmo dia. Ela mostrou-se atenciosa e detalhou todos os acontecimentos com detalhes. Perguntei sobre o paradeiro destas crianças agora, as medidas que deveriam ser tomadas, a posição da prefeitura, o que já estava sendo feito, enfim, foram 40 minutos de entrevista que esclareceram todas as minhas dúvidas sobre a história.
Foi fácil escrever a matéria com as informações claras dadas pela Conselheira Tutelar. A parte mais difícil foi cortar algumas informações. Com uma história grande e cheia de detalhes é natural que queiramos passar para a matéria tudo o que aconteceu, sem deixar nada de fora. O problema é que muitos detalhes, às vezes insignificantes, deixam a matéria confusa e cansativa. Além disso, havia um número de caracteres a ser respeitado, que acabou diminuindo um pouco a matéria.
Em geral, foi uma experiência muito gratificante. Nunca havia feito uma entrevista séria sobre um assunto importante como foi neste caso. Tive de ir até o Conselho Tutelar, conversar com ela, preparar as perguntas e anotar tudo muito rápido durante a entrevista. Foi muito bom ver como tudo isso funciona na prática.
Vic :)
quinta-feira, 28 de maio de 2009
O jornal

Sátira de jornal em formato Standard
O jornalismo impresso, apesar de ter sido inventado há muito tempo, vêm sofrendo com o passar dos anos diversas mudanças. Os jornais contam com diversos formatos, tamanhos, cores, etc. Estas características são desenvolvidas de acordo com o público que deseja atingir, com a história do jornal e com as características culturais da localidade em que é veiculado. Por exemplo, o tamanho tablóide que apesar de ser apenas um formato de jornal é tido por muitos como símbolo de uma imprensa sensacionalista ou o standard que em muitos países é símbolo de status, aqueles que o lêem tem o hábito de fazê-lo em sua casa, no café-da-manhã o que denota um estilo de vida “classe A”. Há diversos títulos que são distribuídos gratuitamente em metrôs, bares, colégios e outros lugares públicos, com edições diárias, semanais, mensais ou até mesmo semestrais, mas que servem para imbuir na comunidade maior hábito de leitura e proporcionar à setores carentes o acesso à informação.
Com o surgimento de novas mídias há uma grande preocupação quanto à sua morte, porém muito dificilmente isso acontecerá. A essência do jornal que é a escrita e a fotografia continuará existindo mesmo que através da internet ou do papel digital.
O papel digital é uma tecnologia recente, apresentada durante a aula de laboratório de jornalismo, que funciona como uma página de papel na qual pode-se comprar livros e armazená-los ou assinar jornais para receber as notícias. É um instrumento que não cansa tanto as vistas por não ter uma luz de fundo como a do computador, é leve, por isso fácil de transportar, e sua tecnologia, se comparada com os gastos com papel e maquinário de uma série de impressões, não é tão cara e poderia ser distribuída para assinantes e jornais opor um baixo custo ou de graça, já que aos poucos esta se pagaria. Cada vez mais as propagandas buscam atingir um grupo selecionado, não faz sentido veicular uma publicidade sem gerar clientes em potencial, o papel eletrônico pode auxiliar enviando um anúncio, peça publicitária, mensagem promocional direcionada para aquele cliente, desta maneira cria-se uma ligação mais estreita entre o consumidor e o “vendedor”. Em um mundo tão globalizado, em que as pessoas buscam praticidade, informação e rapidez o papel eletrônico é uma solução que abrange todos os interesses do leitor, da publicidade, que mal ou bem sustenta o jornal, e do meio de comunicação, jornal, já que é uma forma ecológica, barata e não imita a internet.
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